ARTIGO: Onde você mora? Sabe o que é uma rua, quadra, calçada, área verde, institucional e APP?

Já parou para pensar onde você reside: casa, apartamento, rancho rural ou urbano, própria, alugada ou cedida; tem ideia de quantas fases ou etapas foram necessárias para ter uma moradia final?

Quando passamos por uma gleba de terras, temos um pasto, árvores, córrego, montanhas, plantações, animais, matas, brejos, edificações (tipo casa sede, caseiro ou currais); nem imaginamos que tudo isso, com respeito, segurança e preservação será um loteamento, condomínio ou prédio.

Na implantação do empreendimento, que beneficia uma ou mais famílias, sejam moradias próprias, alugadas ou investidas; a concepção do partido urbanístico é muito importante, pois a adequação do projeto no terreno é fundamental para o bom funcionamento da infraestrutura. A preservação legal das áreas ao longo dos córregos, rios e matas são necessárias para o bem-estar da vida verde natural local. O prolongamento, ou não, da malha urbana também deve ser respeitado para a continuidade do crescimento vegetativo da cidade.

Portanto, para se concretizar o empreendimento de forma sólida e viável visando o desenvolvimento futuro, é importante uma análise profunda, aérea, superficial e do solo, para não comprometer o projeto.

Quando, da implantação das moradias (tipo casas habitacionais) sejam populares, nível médio ou alto padrão; é onde o empreendimento inicia a vida urbana. Essa vida é composta dos elementos naturais e artificiais aplicados no dia a dia do cotidiano de um bairro, vila ou edificação. Os serviços diretos do empreendimento são: levantamentos, projetos, aprovações, construção, registros, vendas e humanização (habitar), e os indiretos: abastecimento, coleta, distribuição, preservação, limpeza e manutenção. Na verdade, o empreendimento se torna incorporado e parte da cidade, quando for totalmente habitado, humanizado e absorvido pelo contexto urbano.

Portanto, quando perguntar-se: o que era aqui onde eu moro antes de ter tudo isso implantado? Lembre-se da natureza bela e maravilhosa, que após sua transformação em um loteamento, condomínio ou prédio, deve-se cuidadosamente ser preservada e conservada pelo ser humano.

*Marcos Antonio Maio – Arquiteto e urbanista (2º Vice-Presidente da AEAN)

 

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