COMEMORAÇÃO: Engenheiro Eletricista deve trazer novas soluções para se consumir energia no cotidiano

A reboque da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 26) realizada recentemente neste mês em Glasgow (Escócia), o mundo busca cada vez mais sustentabilidade e novas formas de gerar energia. As fontes limpas e renováveis estão ganhando espaço em substituição àquelas que queimam combustíveis fósseis e madeira. Alguns exemplos são a solar, a eólica e a biomassa de resíduos. Para o futuro, espera-se um número crescente de sistemas fotovoltaicos, soluções para evitar desperdícios e, é claro, integração tecnológica.

Celebrado anualmente em 23 de novembro, o Dia do Engenheiro Eletricista está inserido neste contexto, de acordo com o diretor da AEAN (Associação de Engenheiros e Arquitetos da Alta Noroeste), José Luiz Fares. Ele, que é engenheiro eletricista, lembra que a data serve para ressaltar a importância desse profissional para a sociedade, propor novas soluções para se consumir energia, de forma consciente e que não afete o meio ambiente.

“Dentro das engenharias, o segmento da energia elétrica foi um dos que mais cresceram no Brasil nos últimos anos. Isso porque o país destaque mundial na geração de energia eólica, solar e biomassa, que, junto a outras modalidades de geração, tem atraído investimentos no setor. Sendo assim, o engenheiro eletricista é fundamental no processo, desde a geração (hídrica, eólica, solar, biomassa, térmica e outras), passando pela transmissão (redes de transmissão em alta tensão), até a distribuição (nas cidades e no campo)”, explica Fares.

Conhecimento e atualização

Tanto a AEAN quanto o CREA-SP (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo) estimulam e fomentam a profissão com capacitações, pois entendem que para o sucesso na carreira a atualização é fundamental. “Buscar novos conhecimentos e especializações é extremamente importante e vai fazer com que o profissional se destaque”, comenta o diretor da AEAN.

Fares refere-se, entre outras situações, à elaboração e direção de estudos e projetos de engenharia elétrica, estudo de características e especificações e preparação de plantas, técnicas de execução e recursos necessários para possibilitar e orientar as fases de construção, instalação, funcionamento, manutenção e reparação de instalações, aparelhos e equipamentos elétricos dentro dos padrões técnicos exigidos. “Estas são apenas algumas das atribuições deste profissional tão importante para a sociedade. Isso tudo para que a energia elétrica chegue para cada consumidor com segurança, e sem prejudicar a natureza.”

O engenheiro eletricista pode trabalhar ainda no planejamento, desenvolvimento e manutenção das estruturas de automação industrial, projetando desde componentes simples, até estruturas mais complexas como, por exemplo, a automatização de processos de produção de uma fábrica. É uma área para atuar com sistemas robotizados e autogerenciáveis para processos industriais. Na construção civil, esse profissional é o responsável por projetos de sistemas elétricos residenciais, comerciais, públicos e industriais. Seja em construção, reformas e manutenção, o engenheiro eletricista é muito procurado para projetar os circuitos elétricos e definir os materiais necessários para a parte elétrica de uma edificação.

Usinas e telecomunicações

O diretor da AEAN lembra ainda que o engenheiro eletricista pode trabalhar na criação de usinas geradoras de energia elétrica, por exemplo, dimensionando turbinas, sistemas de armazenamento e redes de transmissão. Da mesma forma, pode atuar em concessionárias de energia elétrica, realizando o acompanhamento e a manutenção, garantindo que o fornecimento de energia não seja interrompido.

Na área de telecomunicações, o engenheiro eletricista trabalha ao lado de outros profissionais, criando e construindo sistemas de telefonia e transmissão de dados e auxiliando a elaborar projetos de ampliação de empresas. “Nas telecomunicações, o campo para o engenheiro eletricista é vasto, pois ele tem papel fundamental nos projetos, implantação e manutenção do sistema 5G, na Engenharia 4.0 – que é a era da Engenharia da Produção Inteligente –, e nas chamadas Cidades Inteligentes. É preciso destacar ainda a grande contribuição desse profissional na saúde pública por meio dos projetos, aplicações e manutenções em equipamentos hospitalares”, afirma Fares.

Essencial para a sociedade moderna, existem diversas outras possibilidades de atuação para o engenheiro eletricista, como eletrônica, engenharia biomédica, hardware, programação e microeletrônica. Além disso, consultoria para otimização de processos (visando a redução de consumo de energia, por exemplo), pesquisa e docência também são opções que têm ganhado destaque dentro do segmento.

AEAN e CREA-SP

Fundada em 1965, a AEAN integra os profissionais que trabalham nas áreas de engenharia e arquitetura e representam as suas demandas. A entidade desenvolve uma série de ações que complementam a formação, assim como eventos que promovam a troca de informações e ideias entre os filiados.

Maior conselho de fiscalização de exercício profissional da América Latina e provavelmente um dos maiores do mundo, o Crea-SP é responsável pela fiscalização de atividades profissionais nas várias modalidades da engenharia, agronomia e geociências, além das atividades dos tecnólogos. Dessa forma, fiscaliza, controla, orienta e aprimora o exercício e as atividades profissionais relacionadas. Para isso, exige registro profissional, assim como cobra ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) que é o instrumento que define, para os efeitos legais, os responsáveis técnicos pela execução de obras ou prestação de serviços relativos às profissões abrangidas pelo Sistema Confea/Crea-SP.

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